Não é, desde logo, uma “doença” em si – mas, antes, um conjunto de situações clínicas de muitas origens que têm a particularidade de ocorrer numa fase da vida muito precoce, perturbando o desenvolvimento motor (por anomalia, perturbação e/ou lesão cerebral).
A Paralisia Cerebral refere-se a um grupo de desordens no desenvolvimento do controlo motor e da postura – como resultado de uma lesão não progressiva aquando do desenvolvimento do sistema nervoso central. A lesão pode ocorrer no nascimento, anteriormente ou no período que se segue.
Não agrava nem progride, mas causa limites na atividade.
É o problema de desenvolvimento mais comum nas crianças.
A incapacidade mais visível é a motora que torna a mobilidade difícil. Muitas crianças com paralisia cerebral têm, também, outras alterações que resultam de lesão cerebral (as quais incluem, por exemplo, problemas de cognição, comunicação, perceção, atenção, concentração e/ou epilepsia).
A paralisia cerebral não é, como alguns erradamente podem julgar, o mesmo que deficiência mental…
Paralisia Cerebral no mundo
A nível mundial existirão cerca de 17 milhões de pessoas com paralisia cerebral – o que, em permilagem, corresponderá a cerca de 2,4 por 1.000 nados-vivos.
Os valores em termos de prevalência são algo divergentes pois a “classificação” de paralisia cerebral é, conforme os países, algo distinta na caracterização. Vários estudos indicam um valor a variar entre 1,5 a 4 ou entre 1,7 a 3 por 1.000.
... na Europa
A grande maioria dos estudos aponta para uma prevalência de 2 por 1.000.
... em Portugal
Os estudos mais recentes (do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral aos 5 anos) remetem para uma prevalência de 1,55 por 1.000 nados-vivos.