A Companhia “Era uma vez… Teatro” estreou, a 21 de julho, a sua nova produção: “IN-completo”, com textos de Samuel Beckett e Manuel Saraiva. Criação coletiva da companhia da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, a peça desafia os espetadores “a dialogar com lugares, pensar o corpo, pensar a individualidade, o traço, o desenho e as características possíveis”, convidando o público a refletir sobre o tal “IN-completo”.
A estreia aconteceu no Auditório Horácio Marçal (Junta de Freguesia de Paranhos), contando, entre outros, com as presenças do Vereador Fernando Paulo, dos Pelouros da Educação e da Coesão Social da Câmara Municipal do Porto, de Luís Miguel Freitas (Presidente da Junta de Freguesia de Paranhos), de Rui Coimbras (Presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral) e, naturalmente, de Abílio Cunha, Presidente da Associação do Porto de Paralisia Cerebral.
No final da estreia coube à diretora artística do grupo, Mónica Cunha, deixar breves palavras de agradecimento. Assinalando o facto de terem contado com “casa cheia” em noite de estreia, Mónica Cunha adiantou que “estes diálogos e conversas sobre os tais corpos incompletos” irão, agora, “seguir em digressão por outros palcos”.
“É uma reflexão sobre o corpo e os lugares. O espetáculo e os textos do Samuel Beckett vêm complementar esse pensamento, o lugar, o corpo, a expressão, e há uma frase dele que foi o mote de todas as cenas deste espetáculo: melhor, pior, assim…”, descreveu Mónica Cunha.
A peça junta em palco duas dezenas de atores e atrizes, com ou sem deficiência, que apresentam uma abordagem sobre a questão física dos corpos, juntando – além dos textos – uma produção vídeo realizada também por elementos do “Era uma vez… Teatro”, com vídeos de Paulo Gonçalves e encenação de Mónica Cunha, Thiago Jacob e Paulo Gonçalves.