Depois de Vila Real, Guimarães e Lisboa, foi hoje [13 de maio] vez de no Porto se realizar a Marcha Pela Vida Independente. Iniciativa promovida por um grupo de associações e coletivos de pessoas com deficiência, a Marcha realizou um percurso entre a Praça D. João I e a Avenida dos Aliados – local onde, no final, foram apresentadas as reivindicações e lidos os pontos de um manifesto nacional.
A Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) marcou, também, presença neste encontro que contou com mais de meia centena de participantes. José Rui Marques, um dos dirigentes da APPC que desde o início participou na promoção da Marcha, destacou a importância da atividade. “É importante esta Marcha pela Vida Independente porque trata-se da defesa de uma causa. E, entre as muitas causas que existem, o direito de viver a vida na sua plenitude será – a meu ver… – a principal”, afirmou. Especificamente, referiu o dirigente da APPC, no que concerne às pessoas com deficiência, “queremos poder escolher onde, com quem, e como vivemos a nossa vida”. E, por tal, considera que só com uma constante e participada reivindicação da vida independente “é que se atingirá tal objetivo”.
José Rui Marques concretiza todos os pontos constantes no Manifesto divulgado numa ideia final: “Queremos viver numa sociedade que, de facto, nos inclua. Que não discrimine. E a Vida Independente é essencial para conseguirmos esta mudança”.
A iniciativa quis mostrar e demonstrar o orgulho pela diversidade da comunidade das pessoas com deficiência. E, em paralelo, reivindicaram-se os direitos previstos na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – ratificada por Portugal em 2006 e ainda não integralmente cumprida.