Depois da recente mudança de legislativa (de designação, funções e competências) dos antigos Centros de Atividades Ocupacionais (CAO) para os “novos” Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (em parceria com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viana do Castelo, a Escola Superior de Educação e a Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto), considerou como relevante, e de forma abrangente, durante dois dias, discutir as temáticas relacionadas com as atuais exigências a que estas valências são obrigadas.
A iniciativa teve lugar nos dias 2 e 3 de fevereiro, na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto, sendo que estas primeiras Jornadas CACI proporcionaram uma plataforma de partilha de experiências, realidades e, também, constrangimentos – na constante procura de soluções partilhadas e replicáveis.
Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado para a Inclusão, compareceu na sessão de abertura. A sessão de abertura contou com intervenções de Luiz Costa (Presidente da APPACDM de Viana do Castelo) – que realçou a importância do evento –, de Cristina Prudêncio (Presidente da Escola Superior de Saúde), Alexandre Pinto (Presidente da Escola Superior de Educação) e Paulo Pereira (Presidente do Instituto Politécnico do Porto).
Ante uma plateia repleta – e com dirigentes e representantes de Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão de todo o país – Abílio Cunha, Presidente da Direção da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), elogiou a coragem de mudar a legislação relativa aos “antigos” Centros de Atividades Ocupacionais. “Era uma legislação que já vigorava há cerca de meio século e estava claramente ultrapassada”, defendeu Abílio Cunha. Mas, complementou, “temos que analisar os constrangimentos que esta mudança implica e ponderar (ou negociar) aquilo que deve ser repensado”.
O programa dos dois dias de jornadas abarcou diferentes temas de debate e proporcionou ainda alguns momentos culturais (apresentados por projetos surgidos da dinâmica diária dos CACI). Destaque, também, para a participação e discurso direto de pessoas com deficiência – afinal, dos principais “interessados” na qualidade e atualidade dos serviços prestados pelos CACI.